Circula na Internet a convocação para manifestações pelo impeachment de Dilma no próximo dia 15 de março. Muitos operários, trabalhadores e jovens, revoltados com as mentiras e com os ataques do governo do PT contra seus direitos, acabam acreditando que esta pode ser uma boa solução.

Primeiro, é preciso dizer que é absolutamente justa a revolta dos trabalhadores. Prevendo essa situação, o PSTU chamou voto nulo no segundo turno. Mas o impeachment não é a solução. O impeachment é uma lei que dá ao Congresso Nacional o direito de destituir a presidente da república. Por esta lei, assumiria no lugar o vice-presidente, o famigerado Michel Temer (PMDB). Caso sejam destituídos os dois, presidente e seu vice, assumiria o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, também do PMDB, outro notório corrupto e inimigo declarado dos direitos das mulheres e da população LGBT. Isso sem falar que toda essa movimentação para o dia 15, independentemente de quem a iniciou, está sendo usada pelo PSDB, de Aécio Neves, para se apresentar como alternativa.

Ou seja, seria tirar um governo manchado de corrupção e que está atacando nossos direitos para colocar outro tão corrupto quanto e que vai nos atacar do mesmo jeito para defender banqueiro. Seria trocar seis por meia dúzia. Esse Congresso corrupto e controlado pelas grandes empresas não consegue produzir nada que seja a favor do povo brasileiro.

Nós precisamos sim fortalecer a luta contra o governo de Dilma, organizar manifestações da nossa classe, cada vez mais fortes contra este governo. E no desenvolvimento destas lutas vamos construir uma alternativa de governo para o país que de fato seja um governo de trabalhadores, sem patrões. Aí sim teremos condições de mudar de verdade o Brasil.

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Vamos construir nas lutas uma alternativa dos trabalhadores e defender os nossos direitos

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