Criado no fim dos anos 30, sob a ditadura de Getúlio Vargas, o salário mínimo vem sendo brutalmente arrochado nas últimas décadas. Em 1957, durante o governo pró-imperialista de Juscelino Kubitschek, o mínimo chegou a valer R$ 1.120, cerca de três vezes o valor atual.

Contudo, a ditadura militar (1964-1985) adotou uma profunda política de arrocho, justificada na época pela necessidade dos empresários ficarem com as altas taxas de lucro para reinvestirem no país. Foi a época do famoso slogan “é preciso que o bolo cresça para depois distribuir”. O regime militar reduziu o salário para a metade, o equivalente, hoje, a pouco mais de R$ 500. Ou seja, Lula não cumpriu a promessa eleitoral de chegar ao salário mínimo que existia na época da ditadura militar.
Com a volta da “democracia”, os governos de Sarney, Collor, Itamar Franco e FHC aprofundaram o arrocho. A globalização e os planos neoliberais nos anos 90 fizeram o salário mínimo decair aos patamares vergonhosos de hoje.

Lula, que no passado lutou contra o arrocho imposto por esses governos, é hoje o maior algoz dos trabalhadores. Fazendo o jogo dos empresários e banqueiros, mente para a população dizendo que o reajuste é sinal de “responsabilidade” sobre a economia. A responsabilidade real do petista é com a manutenção dos fabulosos lucros dos empresários e banqueiros.
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