As discussões nos grupos sobre o papel da Conlutas e seu funcionamento continuaram durante a tarde do segundo dia do Conat. Foram discutidos os princípios, programa, concepção e estatuto. A democracia foi garantida e houve debates de qualidade. Muitos companheiros colocaram suas diferenças e todas as propostas foram discutidas antes de passar por votações.

Os grupos foram divididos por temas: os de número 1 a 10 discutiram os princípios, concepção e programa da Conlutas. Nos grupos de 11 a 20, foram discutidas as questões relativas ao estatuto da Conlutas.

Ao contrário dos fóruns burocratizados da CUT, cada trabalhador teve a oportunidade de colocar sua posição e defendê-la. As propostas que alcançaram 10% dos votos nos grupos serão levadas ao plenário.

A grande polêmica foi com relação à formalização da Conlutas como entidade. A proposta da Federação Social dos Metalúrgicos de Minas Gerais e do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos aponta que é necessário formalizar a Conlutas como entidade para seguir fortalecendo um pólo de lutas e oposição à CUT governista.

Diretores do ANDES-SN, dos professores universitários, posicionaram-se contra essa proposta. O argumento é de que a transformação da Conlutas em uma entidade agora iria frear o processo de aglutinação de forças e dividir os setores em luta.