Depois de Uma abertura em grande estilo, com apresentações culturais e falas dos diversos setores, o período da tarde do primeiro dia do Encontro Nacional de Negros e Negras da Conlutas foi reservado para o debate de conjuntura.

Houve um painel inicial, apresentado por Zé Maria de Almeida, que avaliou os ataques do governo dos últimos anos, a traição da CUT e o processo de reorganização que se deu no movimento sindical brasileiro que possibilitou o surgimento da Conlutas.

Depois, as três teses inscritas ao Encontro foram apresentadas. Os delegados já haviam recebido o caderno de teses ao se credenciarem. A tese “Hora de Lutar”, do Coletivo Comunista Internacionalista, foi apresentada por Edmilson, e a tese “Construindo a Conlutas como uma ferramenta de luta revolucionária para o povo negro”, do MTL-RJ, foi apresentada por Julinho.

A tese “Uma luta de raça e classe” foi apresentada por Elias, que ressaltou que “o binômio Raça e Classe não é só para dias de festas, é para ser usado como método de luta contra a exploração e a opressão”.

Após a apresentação das teses, os participantes do evento foram divididos em vários grupos de discussão, cujo único tema foi conjuntura. Os principais debates foram sobre a relação entre os ataques neoliberais e a situação dos negros e negras trabalhadores.

“Toda a política de reformas, de retirada de direitos, atinge todos os trabalhadores, mas a nós muito mais. A política de Lula não pode atender os interesses do povo negro e da classe trabalhadora, pois Lula está comprometido com os nossos algozes”, disse Elias.

“Não vamos aceitar o fim do direito de greve. Não vamos aceitar as reformas trabalhista e da Previdência. E não vamos aceitar a chacina do povo negro”, disse Geraldinho, da Oposição Alternativa da Apeoesp, nos grupos de discussão.

No final do primeiro dia de Encontro teve muito samba ao vivo para animar as delegações.