Em meio à votação, ocorreu o já tradicional Grito dos Excluídos, um contraponto às comemorações oficiais do 7 de setembro. Em todo o país, cerca de 330 mil pessoas foram às ruas, em mais de duas mil cidades. Neste ano, o Grito teve como temas as bandeiras levantadas pelo Plebiscito Popular.

Em Aparecida (SP), milhares de pessoas compareceram ao Grito. Cerca de 1,8 mil manifestantes saíram às ruas em Brasília, indo da Esplanada dos Ministérios em direção à Catedral, sendo barrados pela PM, que impediu a manifestação. No Nordeste, mais de 100 mil pessoas participaram do Grito, segundo a organização.
A maior manifestação ocorreu na capital de São Paulo. Cerca de cinco mil pessoas enfrentaram o sol escaldante e caminharam durante duas horas da Praça da Sé até o Museu do Ipiranga. Participaram a Conlutas, Intersindical, Pastorais Sociais, MST, Marcha Mundial das Mulheres, entre outras entidades.

CUT boicota Grito
A CUT, por sua vez, boicotou o protesto, a fim de não desgastar o governo. O diretor da central, Antonio Carlos Spis, chegou a justificar a ausência de forma cínica ao jornal Folha de S. Paulo. “Não vamos deixar um palco para o PSTU arrotar política”, declarou o mesmo dirigente que defendeu o plebiscito com apenas uma pergunta durante reunião do Comitê pela Anulação do Leilão da Vale.

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