Os petroleiros iniciaram no dia 23 uma forte greve nacional, demonstrando a radicalização da categoria. “Essa greve está iniciando maior que a greve de 1995, a maior da categoria”, afirmou Clarckson Messias, dirigente do Sindicato dos Petroleiros de Alagoas e Sergipe e da coordenação da Frente Nacional dos Petroleiros (FNP).

Em Sergipe, pelo menos 60% do pessoal administrativo parou. Na fábrica de fertilizantes Fafen, 100% dos trabalhadores de turno e 90% do administrativo pararam.

Na cidade operária de Carmópolis, 70% do efetivo parou. No Tecarmo/Atalaia, a greve foi de 100% na produção. Os terceirizados da empresa no estado também pararam. A greve também iniciou com toda força no Amazonas, Salvador, Rio de Janeiro, litoral paulista, Espírito Santo e Bacia de Campos. Em São José dos Campos, os trabalhadores das obras da Revap, que fizeram uma dura greve em 2008, também cruzaram os braços.

Conlutas construiu unidade da FUP e FNP
A paralisação ocorre com essa força porque o Base-Conlutas conseguiu, junto aos petroleiros, impor a unidade entre FUP (Federação Única dos Petroleiros, filiada à CUT) e FNP. Conseguiu aprovar na greve da Replan, em Campinas, a exigência de que FUP e FNP construam um calendário unificado de luta.

Posteriormente, o Base divulgou em todo o país as resoluções de Campinas. Com isso, a FUP foi obrigada a negociar com a FNP, possibilitando o calendário conjunto.
O mais importante é que estamos numa greve que fortalecerá o dia nacional de luta em 30 de março. “Além de garantir a greve, temos que politizá-la, defendendo uma Petrobras 100% estatal e exigindo de Lula sua completa estatização”, diz o diretor do sindicato do Rio de Janeiro Eduardo Henrique.

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