Assembleia de encerramento da greve
(Foto: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC)

Os trabalhadores estavam em greve há 5 dias e acampados em frente a empresa

Em assembleia, na manhã desta segunda-feira, 27 de abril, os trabalhadores da Mercedes decidem encerrar a paralisação após a empresa suspender as 500 demissões. Os trabalhadores estavam em greve há 5 dias e acampados em frente a empresa. 
 
A Mercedes suspendeu as demissões após negociação com o sindicato e irá abrir novo PDV (Plano de demissão voluntária) até dia 18 de maio.
 
Essa é uma vitória importante, já que a luta dos trabalhadores reverteu as demissões de 500 companheiros demitidos arbitrariamente pela empresa. Porém, a ameaça de demissão segue caso a empresa não chegue ao resultado que ela espera em maio. 
 
Por isso, esse fôlego da suspensão das demissões deve ser acompanhado de um forte clima de mobilização na empresa. Os trabalhadores precisam estar prontos para voltar a greve e outras formas de luta caso, em vinte dias, a empresa queira demitir novamente ou retirar direitos.
 
Nestes próximos dias, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC deve envolver todas as centrais sindicais, partidos de esquerda e outros sindicatos em uma campanha que pressione a empresa a recuar de todas as demissões. O PSTU se coloca a disposição para construir esta campanha. Por isso também apoiamos o chamado da CSP-Conlutas para a realização de uma greve geral no Brasil que acabe com a farra das montadoras. Empresas estas que encheram o bolso com os benefícios do governo que agora não faz nada para proteger os empregos dos trabalhadores. Uma greve geral que derrube o ajuste fiscal de Dilma que retira direitos como seguro desemprego, abono do PIS, e também contra o PL das terceirizações, que povocará ainda mais demissões e a precarização do trabalho.
 
Nenhuma demissão na Mercedes!
Chega de demissões de quem tanto lucrou! Os trabalhadores não podem pagar pela crise!
Greve geral pela estabilidade no emprego e contra as demissões, contra o PL das terceirizações e as MPs 664 e 665 de Dilma, que retiram direitos dos trabalhadores!