É preciso dar início já à agitação, preparação e organização da Greve Geral para barrar a votação do projeto de lei que alterará a CLT.

Esse ataque do governo FHC contra os trabalhadores, se passar, significará a institucionalização de um patamar de exploração em níveis muito superiores aos que já temos no país. Significará o fim de direitos históricos.

O tema saiu da mídia, como era de se esperar e – se depender da classe dominante – só voltará à tona às vésperas da votação.

O movimento não pode, de novo, estar desmobilizado como esteve durante a votação na Câmara. Os trabalhadores precisam impor sua agenda. No dia primeiro de fevereiro – no Fórum Social Mundial – às 16 horas, haverá uma plenária dos sindicalistas para discutir a campanha de convocação e preparação da greve geral de março.

O desafio da esquerda cutista e do ativismo combativo em geral é garantir que a discussão da CLT e a preparação da greve geral entrem com força e afinco para a base. Exigimos que a direção majoritária da CUT, dessa vez, se mexa e não puxe o tapete da mobilização mais à frente, como já fez tantas vezes.

É possível realizar uma greve geral. É possível paralisar os batalhões pesados da classe trabalhadora brasileira e mobilizar também os sem-terra e o movimento popular, que certamente – como sempre fizeram – não se furtarão a somar forças com os trabalhadores organizados para derrotar esse projeto neoliberal do FMI e FHC, que aplaina caminho para a Alca.

A esquerda cutista deve jogar pesado na preparação e organização da Greve Geral e estar preparada para paralisar os setores que dirige, mesmo se a maioria da CUT pular fora do barco. A recém fundada Federação Nacional Democrática e Combativa dos Metalúrgicos da CUT, o funcionalismo federal – que precisará derrotar também o pacote antigreve do governo – e inúmeros outros setores podem e devem cumprir um papel de primeira linha, tanto na batalha para que o conjunto da CUT prepare e realize a greve geral, como na paralisação de setores inteiros do proletariado brasileiro.

Post author Editorial do Opinião Socialista 127
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