Uma greve geral contra as reformas do governo no sistema de segurança social paralisou, na última quarta-feira, grande parte da economia e dos transportes na Grécia. Os aeroportos pararam, devido à adesão dos controladores de vôo; os ferrys que fazem a ligação com as ilhas também; assim como os bancários, funcionários públicos, ferroviários, advogados, professores e jornalistas. A participação dos jornalistas foi tão grande, segundo as agências de notícia, que jornais, TVs e rádios não tiveram informações para dar.

No mesmo dia, em Atenas, mais de 200 mil pessoas manifestaram-se nas ruas. “Houve uma adesão de 90% dos trabalhadores no país e a manifestação de Atenas foi a maior desde 2001”, informou à agência EFE o porta-voz da Confederação Geral dos Trabalhadores, Stathi Anesti. “Deixem em paz nossa reforma” e “As poupanças das nossas caixas não são negociáveis”, diziam as faixas carregadas pelos manifestantes. A greve foi tão forte que o transporte público na capital só funcionou para conduzir os trabalhadores à manifestação.

Durante o protesto, a polícia reprimiu os grevistas com bombas de gás lacrimogêneo. A Confederação anunciou que na próxima semana será decidida a continuidade dos protestos contra o governo. O seu projeto de reforma – muito parecido com o aplicado em Portugal e em outros países europeus – acaba com várias caixas de Previdência e aumenta a idade da reforma. Toda a nossa solidariedade aos nossos irmãos gregos.