No dia 18 de outubro, os estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizaram um ato de resistência à política da reitoria e do governo do mensalão, de tentarem privatizar as universidades públicas. Em greve desde 30 de agosto contra a Reforma Universitária do governo, eles ocuparam por cinco horas e meia o auditório onde o Conselho Universitário estava reunido para votar o aumento do valor das Bolsas de Treinamento (ou exploração) da Universidade.

A reivindicação construída e discutida há mais de 4 meses pelos estudantes é a de que o valor das bolsas sejam reajustadas de R$ 250 para R$ 330, para garantir a permanência dos estudantes na UFSC. No dia 18, o conselho Universitário discutia o tema pela quarta vez e deu um golpe, adiando a votação, o que ocasionou a ocupação.

Após longas horas de discussão e enrolação, com intromissão da Polícia Federal, o movimento obteve uma grande vitória, garantindo a assinatura do Reitor de um documento que garante o aumento do valor das Bolsas para R$ 300 para os meses de novembro e dezembro, a ser referendado no próximo Conselho.

Agora, a Reitoria ameaça voltar atrás da decisão por ter agido “sob pressão” e entregou à Polícia Federal 25 nomes que passarão por inquérito e processo administrativo na Universidade.

O ato só demonstra que a luta é o único caminho para garantir a defesa da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade e o verdadeiro caráter da Polícia do mensalão, contra qualquer movimento que desestabilize a “naturalidade” da exploração capitalista. Os estudantes pedem que sejam enviadas moções de apoio à greve e contra a perseguição, para o e-mail [email protected]