Os trabalhadores da prefeitura de Florianópolis (PMF) se encontram em greve desde o dia 11 de abril contra a privatização dos serviços públicos via OS (Organizações Sociais). O prefeito Gean Loureiro (MDB) diz que os serviços públicos vão melhorar e que é a única maneira de contratar mais médicos e professores sem cair na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Mentira!

Em Floripa há dois grandes exemplos da privatização via OS. O Hospital Florianópolis que se encontra em uma crise tremenda, com falta de funcionários e medicamentos, leitos fechados, salários atrasados e gastos elevadíssimos que eram tão suspeitos que o próprio governador decidiu romper o contrato. Já o Hospital Universitário, dois anos depois de ser dado para a EBSERH, tem menos leitos e sofre com superlotações constantes, falta de funcionários e até goteiras em sala de cirurgia. A verdade é que piorou para todo mundo! O povo tem menos atendimento e de pior qualidade, já os trabalhadores desses hospitais tem menos direitos, trabalho dobrado e salários atrasados. Além disso o Ministério Público já se manifestou que mesmo a contratação de novos trabalhadores via OS serão considerados dentro da LRF.

O prefeito mentiroso Gean Loureiro achou que ia ser fácil privatizar os serviços públicos da cidade. Mas errou feio! Lançou o projeto na Câmara de Vereadores e os trabalhadores da PMF entrarem em greve. Carimbaram o projeto com “urgente urgentíssimo”, e a greve se tornou muito forte. Comprou os jornais com R$ 9 milhões, os grevistas ganharam o apoio das comunidades e do povo no boca a boca. Marcou votação no sábado e feriado de Tiradentes achando que ia dar pouca gente, mas enfrentou um protesto com 8 mil pessoas. Vereadores comprados a peso de ouro aprovaram o projeto com o apoio da violência policial, os tralhadores da PMF não se abalaram e a greve continuou muito forte.

No dia 25 de abril teve um grande ato unificado contra a privatização dos serviços públicos que reuniu milhares de pessoas. Contou também com o apoio de outros sindicatos e com paralisação de uma hora do transporte público da cidade. Foi uma grande demonstração de força e de união dos trabalhadores da cidade. O prefeito Gean Lorota se comprometeu em receber o Sintrasem para negociar e sexta-feira, 27 de abril, terá nova assembleia para decidir o rumo da greve.

Toda confiança na força da greve, nas comunidades e nos trabalhadores da cidade! Nenhuma confiança na câmara de vereadores, no poder judiciário e na prefeitura!

OS = privatização + corrupção
As OS’s foram criadas na década de 90 pelo presidente FHC (PSDB) para entregar de bandeja para a iniciativa privada os serviços públicos. Os governos Lula e Dilma (PT), além de não acabarem com as OS’s, deram continuidade, complementando-a com outros projetos privatistas como as Parcerias Público Privadas (PPP) e as Fundações Públicas de Direito Privado.

Em Florianópolis, a privatização via OS começou pelo Hospital Florianópolis no governo Colombo (PSD) com apoio de Dilma (PT), e no Hospital Universitário entregue à EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) pelos governos Lula e Dilma, além de outros 46 HU pelo Brasil. Qual o resultado dessas OS’s? Suspensão de cirurgias, falta de medicamentos, leitos fechados, goteiras, precarização das relações de trabalho, atrasos de salário e muita corrupção.

Todo apoio a greve!
O PSTU defende que as creches, escolas, postos de saúde, UPA’s e assim como todos os serviços públicos sejam públicos e gratuitos. Só com o fim das privatizações e com uma democratização real sob o controle dos trabalhadores é que vamos ter realmente um serviço de qualidade. Repudiamos a criminalização da greve pelo poder judiciário e a violenta repressão policial no dia da votação, 21 de abril, perpetrada pela PM do governo Colombo e pela guarda municipal do prefeito Gean.

Revogação das Os’s já!
Imediata abertura de negociação da data base 2018
Cumprimento imediato dos acordos de 2017
Unificar a greve no magistério, civil e Comcap

Fora Gean, Temer, Colombo, essa câmara de vereadores e todos os corruptos!
O Brasil precisa de uma revolução socialista! Por um governo dos trabalhadores apoiado em conselhos populares!