[14/03/2003]Os trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) em Porto Alegre entraram em greve por tempo indeterminado em defesa da jornada de 30 horas semanais e de um plano de carreira a partir da meia-noite do dia 13. O movimento envolve todos os trabalhadores municipalizados do SUS, sejam eles municipais, estaduais ou federais – e foi aprovado por cerca de 400 servidores em assembléia unificada, convocada pelo Sindisprev-RS, Sintergs, Simers e Soergs.

Em seu primeiro dia, a greve no SUS de Porto Alegre obteve 70% de adesão, com vários postos chegando ao índice de 100%. A força inicial do movimento demonstra que as categorias paralisadas – médicos, enfermeiros, técnicos-científicos, dentistas, administrativos e psicólogos – têm confiança na condução da luta e na sua própria unidade. Por isso, na primeira assembléia de avaliação, na quinta-feira, 13, os trabalhadores votaram pela manutenção e ampliação da greve. Após a assembléia foi realizada uma passeata pelo centro de Porto Alegre e uma manifestação em frente à Prefeitura.

Um dos eixos da luta é a manutenção da jornada de 30 horas semanais, uma conquista histórica dos trabalhadores da Saúde, que se encontra ameaçada em razão do decreto baixado em 11 de fevereiro pelo prefeito João Verle (PT), impondo o aumento da carga horária. Os trabalhadores entendem que tal medida constitui um ataque frontal a deliberação da Conferência Municipal de Saúde, da qual participou a Prefeitura de Porto Alegre.

Fonte: Sindsprev/RS
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