A Alerj confirmou: a votação do PL 1.666/08, que prevê reajuste de 7,3% retroativos a maio (data-base) aos servidores do Tribunal de Justiça do Rio, será no dia 19 de novembro.

A notícia da nova pautação do reajuste chegou na mesma data em que a greve da categoria, já no seu 51º dia, deu mais uma demonstração de força e coesão. Os serventuários do Conselho Recursal do Fórum Central aderiram à paralisação, que também aumentou nas Comarcas de Niterói, Angra dos Reis, Paraíba do Sul, Teresópolis e Vassouras.

“A disposição da categoria, que busca resgatar a sua dignidade, é uma clara demonstração de que não abriremos mão dos nossos direitos. Vamos denunciando à sociedade a tentativa de destruição do serviço público que Cabral tanto almeja”, diz Amarildo Silva, presidente do Sind-Justiça, sindicato da categoria e filiado à Conlutas.

OAB, quem te viu, quem te vê!
Em repúdio aos ataques que a direção da OAB-RJ vem desferindo ao constitucional direito de greve, os serventuários da Justiça estadual realizaram, na segunda-feira, dia 17, um ato em frente à sede da Ordem.

A categoria denuncia a manobra da direção da OAB-RJ que, através de um artifício jurídico, tenta impor o fim da greve dos servidores, que lutam para que o reajuste de 7,3% seja aprovado pelos deputados estaduais. Até o momento, isso não foi possível por causa da interferência do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB).

Greve continua
Lamentavelmente, a OAB-RJ conseguiu que o juiz da 15ª Vara Federal lhe concedesse a liminar que, na essência, interfere no legítimo direito de greve dos trabalhadores. A Ordem age como se fosse mais patrão que o próprio governador, se transformando numa ‘subsede´ do Palácio Guanabara.

Apesar da liminar, a greve vai continuar. O Sind-Justiça está recorrendo. Quanto aos serventuários, só nos resta seguir em frente, organizando uma grande participação no dia da votação do PL 1.666/08. “O mais importante nesse momento é que a categoria esteja no espírito de união e de chamamento daqueles que até agora, por algum motivo, ainda não participaram. Temos que mostrar ao governo o que a classe é capaz quando se une!”, afirma Gláucio Silva (Fórum Central).
Post author Sandro Barros, do Rio de Janeiro (RJ)
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