Direções abrem caminho para acordo rebaixado na SeguridadePassados mais de dois meses de greve, o governo segue intransigente. Contraditoriamente, Lula, que nega a reposição aos servidores em greve do IBGE e da Seguridade Social, apresentou um reajuste de 23% para os militares. Em meio a uma crise institucional, Lula trata de acalmar a caserna, concedendo melhorias salariais e rifa todo o setor civil do funcionalismo federal.

Direções rifam Seguridade Social
Em meio às dificuldades, as direções sindicais começam a vacilar. Na última plenária nacional da Fenasps (Federação de sindicatos da Seguridade Social), todas as correntes, incluindo o P-SOL, aprovaram uma resolução que permite ao Comando Nacional de Greve fechar um acordo rebaixado com o governo. Tal proposta inclui o parcelamento do Plano de Carreira em 12 vezes até 2011, além da manutenção das famigeradas gratificações por produção. Tudo a partir de 2006.

Os militantes do PSTU apresentaram proposta contrária, reafirmando a pauta inicial, ou seja, reajuste ainda este ano e paridade entre ativos e aposentados. Infelizmente a proposta foi derrotada e o Comando recebeu carta-branca para aceitar a proposta rebaixada. O mais lamentável nisso é a capitulação do P-SOL à política dos governistas, que há muito vêm defendendo a aprovação desse acordo.

Grevistas na Marcha da Conlutas
Apesar da política das direções e da intransigência do governo, os servidores seguem na luta. Na última semana, as plenárias nacionais e assembléias aprovaram a continuidade da greve. Ao mesmo tempo, a categoria prepara-se para a grande marcha da Conlutas no dia 17 de agosto. Os servidores vão denunciar o arrocho que vêm sofrendo, unindo-se aos demais trabalhadores contra a corrupção e a política econômica do governo Lula.

Post author Paulo Barela, da Direção Nacional do PSTU
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