A greve dos trabalhadores da Indústria Química de Goiás (Iquego), que durou quatro dias, foi suspensa nesta quinta-feira, 17. Os trabalhadores aceitaram a proposta de acordo da empresa, que se comprometeu a acabar com as desigualdades salariais num mesmo cargo. Outros pontos do acordo foram o reajuste de 6% e a reposição de R$ 10 no ticket.

Foi um movimento como nunca existiu na história da empresa. Os trabalhadores fizeram uma manifestação de rua, na última segunda-feira, que chamou a atenção de Goiânia. Na quinta, o pessoal da fábrica foi ao Ministério Público, onde foram feitas denúncias sobre a situação da Iquego.

A empresa pertence ao Estado e fabrica medicamentos. A situação da fábrica é ruim, com atrasos nos pagamentos, máquinas paradas e má administração. A greve serviu para denunciar esta situação, já que o governo arrota aos quatro ventos que a Iquego está de vendo em popa.

Mesmo com o acordo, os trabalhadores aprovaram o estado de greve. Se o acordo com a empresa não for cumprido, a greve pode voltar a qualquer momento. O movimento contou com assembleias diárias, o que deu um salto na organização e unidade da categoria.