Assembléia da greve

Os cortadores de cana de Campo Florido, na região do Triângulo Mineiro, fizeram uma greve que durou de 28 de junho a 4 de julho. Além de terem suas reivindicações atendidas, os trabalhadores rurais também conseguiram que não fossem descontados os dias parados e conquistaram estabilidade de 45 dias.

Uma das reivindicações era o reajuste de 15% nos salários. O reajuste obtido após a greve foi de 10%. Os trabalhadores também reivindicavam o fim do sistema cinco por um, uma espécie de banco de horas do campo, que tira o repouso remunerado do trabalhador, transformando o domingo em dia normal de trabalho.

Outra questão reivindicada é que, em caso de falta por motivo de saúde, o pagamento do dia seja feito pela média diária de produção e não pelo preço mínimo de produção, como vinha sendo feito. Além disso, os trabalhadores reivindicavam a possibilidade de poder conferir a pesagem da cana. Todas essas reivindicações foram atendidas com a greve.

A Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) teve grande importância nesta greve, principalmente através do apoio do Sindicato dos Gráficos de Minas.