Terminou a greve da educação municipal de Belo Horizonte. A decisão foi tomada em assembléia no dia 31 de janeiro, resultado da ofensiva do prefeito Fernando Pimentel (PT). Com a ajuda imprescindível da mídia, Pimentel buscou ganhar o apoio da população contra a greve e ameaçou punir as educadoras infantis que participaram do movimento.

O Sind-UTE, sindicato que representa os trabalhadores da educação municipal, realizou campanhas de solidariedade à greve, recolhendo assinaturas no Fórum Social Mundial e em outros eventos. Mas a categoria optou por finalizar o movimento, prosseguindo com as mobilizações. Foi definido pela assembléia que o movimento grevista será retomado, caso as professoras sejam punidas. Também poderá haver greve se as negociações com a Prefeitura – pela pauta de reivindicações da educação infantil, contra o aumento da jornada e o fim da reunião pedagógica – não avançarem.

O calendário de mobilização inclui manifestações contra possíveis punições das trabalhadoras, reuniões nas escolas, seminários, plenárias e uma assembléia geral com paralisação total no dia 23 de fevereiro. Além destas lutas, a campanha salarial se aproxima, o que significa que os enfrentamentos com o governo de Pimentel estão só começando.

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