Os trabalhadores da LG Philips (LP Displays) de São José dos Campos mantêm a greve iniciada no último dia 2. A decisão ocorreu em assembléia realizada na manhã desta terça-feira.
A mobilização ocorre por conta do anúncio do fechamento da unidade e a insegurança quanto ao pagamento dos direitos trabalhistas.
Na segunda, os trabalhadores fizeram um dia de protesto, com paralisação da Via Dutra e passeata pelas principais ruas da cidade.
O Sindicato dos Metalúrgicos cobrou as autoridades sobre o fechamento da fábrica. O vice-prefeito Riugi Kojima disse que iria interceder em defesa dos direitos dos trabalhadores.
A direção da LG Philips disse à imprensa que a decisão de fechar a empresa é definitiva, mas que não tem como garantir o pagamento das verbas rescisórias sem a fábrica permanecer em greve.
“A empresa quer colocar nas costas dos trabalhadores a responsabilidade de gerar receitas para que sejam pagos os seus próprios direitos. Ela quer que trabalhemos mais dois meses sabendo que iremos pra rua e sem a certeza de que iremos receber de verdade”, disse o diretor do Sindicato e trabalhador da LG Philips Nelson Faria.
Os trabalhadores rejeitaram a proposta da empresa e querem uma compensação pelo fechamento da fábrica: dois salários nominais por ano trabalhado, extensão por dois anos do convênio médico, pagamento imediato do plano de previdência privada da empresa e a garantia de que a empresa pagará todos os direitos trabalhistas.
A greve continua por tempo indeterminado. O Sindicato e os trabalhadores permanecem na portaria da empresa.