A radicalização da greve da USP, Unesp e Unicamp obrigaram o Cruesp (conselho de reitores das três estaduais) e o governo Alckmin a conceder um reajuste de 2% em maio e 2,14% em agosto. Além disso, a greve teve conquistas: nenhuma punição pelo exercício de greve, e por ações ligadas legitimamente à paralisação, o não desconto dos dias parados e o Cruesp se comprometeu a fazer uma rodada de reuniões com as entidades sindicais e estudantis para discutir assistência estudantil, reforma Universitária e contratação de docentes e funcionários.

Os estudantes saem da greve com um avanço em sua organização. O II Encontro Estadual de Públicas, em Campinas (SP), deliberou a articulação da Coordenação Estadual de Lutas. O Encontro também aprovou o lema: “a UNE e a UEE/SP não falam em nosso nome”.

A Coordenação será um contraponto ao imobilismo da UNE e da UEE, controladas pela UJS/PCdoB e Democracia Socialista, que não moveram uma palha durante toda a greve. Para isso, é preciso que a Força Socialista e o PSOL se lancem de fato na construção de uma alternativa de luta para o movimento estudantil.

O próximo desafio é a luta contra a reforma Universitária de Lula e do FMI. É fundamental a organização de um grande ato estadual contra a reforma no dia da audiência do MEC, 17 de agosto, como parte da Jornada Nacional de Lutas Contra a Reforma.

Post author José Eduardo Galvão, estudante da Unicamp e do Comando de Greve
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