Logo nas primeiras semanas do ano, grandes manifestações populares tomaram conta das ruas de Porto Príncipe, capital do Haiti, exigindo a saída do presidente Jean-Bertrand Aristide.

No último dia 23 de janeiro, cerca de 30 mil pessoas ocuparam o centro em repúdio a um atentado contra as rádios independentes e a morte de três estudantes nos enfrentamentos ocorridos entre a polícia e manifestantes.

O atual presidente, conhecido como “Titid”, é questionado pela maioria da população e das organizações existentes desde as últimas eleições em 2000, quando a oposição denunciou o método de cálculo dos resultados do pleito eleitoral aplicado pelo partido governista Lavalas. Desde então, a chamada Plataforma Democrática – grupo que reúne 184 organizações opositoras ao governo – vem organizando diversas mobilizações contra a atual política e a corrupção em grande escala existente no país.

Durante a realização da Cúpula de Monterrey (México), onde estavam reunidos os presidentes dos países do continente americano, o atual governo declarou que vai convocar eleições legislativas nos próximos seis meses.

O coordenador do grupo de oposição, André Apaid, desconfia das intenções do governo e diz que vai intensificar as mobilizações, mesmo sabendo das relações do governo com os EUA: “Aqui os norte-americanos sempre tiveram a última palavra”.
Post author Yuri Fujita, da redação
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