Governo capacho deveria mudar seu lema: Banqueiros acima de tudo, Trump acima de todos

O governo Bolsonaro acaba de vender a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobrás e maior distribuidora de combustíveis e lubrificantes do país, a preço de banana. A venda das ações que passou o controle da empresa ao capital privado e estrangeiro arrecadou R$ 8,56 bilhões. Para efeito de comparação, a empresa teve R$ 3,1 bilhões de lucros só em 2018, mais que um terço do valor que foi vendida.

A operação realizada neste dia 23 de julho se deu através da venda de 30% do capital que a Petrobrás detinha da distribuidora (71,25%). Com isso, a estatal fica com apenas 41,25%, podendo ficar até com menos caso novas ações sejam vendidas nas próximas semanas como previsto, ficando só com 37,5%. De qualquer forma, a Petrobrás perde o controle da distribuidora.

A venda foi coordenada pelos bancos JP Morgan junto com os bancos Citi, Merrill Lynch, Credit Suisse, Itaú e Santander, e as ações teriam ido para 160 investidores de países como Reino Unido, Canadá e Estados Unidos.

Em dezembro de 2017 o então governo Temer abriu o capital da BR Distribuidora, começando a vender ações da empresa, e agora o governo Bolsonaro completa esse processo de privatização e desnacionalização desse setor estratégico. A maior distribuidora do país tem uma rede de 7.703 postos de gasolina, 95 unidades operacionais e uma frota de 8 mil veículos.

Banqueiros acima de tudo, Trump acima de todos
A venda da BR Distribuidora faz parte do “plano de desinvestimento” da Petrobrás, que em bom português significa a entrega pura e simples do patrimônio nacional ao capital estrangeiro. Incluem-se aí a venda da TAG (Transportadora de Gás SA) em junho último, e a entrega de oito refinarias previstas para este ano ainda, assim como o aprofundamento da privatização da própria Petrobrás. Essa é principal missão do governo Bolsonaro e do atual presidente da estatal, Roberto Castello Branco.

Isso coloca ainda mais o setor nas mãos dos grandes investidores internacionais. A mesma gente que, hoje, já define o preço do diesel, da gasolina e do gás no Brasil.

O governo Bolsonaro reafirma, assim, o seu caráter entreguista, capacho de Trump e do capital estrangeiro. Assim como na entrega da Embraer à Boeing. Utiliza-se hipocritamente de um discurso nacionalista e pretensamente patriota, mas lambe as botas de Trump e, junto com Paulo Guedes, quer entregar o país e suas riquezas aos norte-americanos.

O plano de Bolsonaro e Trump é transformar o país novamente numa colônia, acabando com o pouco de indústria que resta para focar na produção e exportação de produtos agrícolas e minérios, aprofundando a dependência e subserviência do país aos EUA e demais países imperialistas.

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