Novos concursos foram suspensos, assim como a nomeação dos que já passaramNem bem a esfriou a polêmica sobre os 62% de aumento que os deputados e senadores se deram, o governo Dilma anunciou o maior corte da história do país, um ajuste de R$ 50 bilhões. É o equivalente a quatro vezes o que o governo gasta por ano com o Bolsa Família, e R$ 10 bilhões a mais que todos os custos do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) em 2011.

O ajuste fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, inclui a suspensão dos concursos públicos previstos para este ano, assim como a convocação dos já aprovados, totalizando o cancelamento da abertura de ao menos 40 mil vagas no setor público.

O governo ainda não especificou o que vai cortar em cada área. Mas já se sabe, no entanto, que o Ministério da Educação vai sofrer um corte de ao menos R$ 1 bilhão, como revelou o ministro Fernando Haddad. Já o Ministério da Ciência e Tecnologia vai enfrentar redução de ao menos R$ 1,3 bilhão.

Esse corte recorde no Orçamento tem como objetivo fazer o governo atingir a meta de superávit primário, ou seja, o total economizado para pagar juros da dívida pública, equivalente a R$ 117 bilhões.

Como se isso não bastasse, o governo quer ressuscitar uma lei formulada durante o governo Lula, que limitaria os reajustes anuais que os servidores públicos poderiam receber. Discute-se um limite de 2% de aumento real. Com isso, além de impedir a contratação de novos servidores, o governo Dilma quer transformar em lei o arrocho dos funcionários públicos já na ativa.

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