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Redação

Se todo mundo já sabia que o governo, literalmente, está comprando votos para a aprovação da reforma da Previdência, pelo menos seus integrantes ainda tinham o cuidado de disfarçar. Agora, nem mais. O ministro da Secretaria de Governo de Temer, Carlos Marun, que ficou conhecido por defender Cunha, confessou que o governo está trocando liberação de recursos e financiamentos de bancos públicos a governadores e prefeitos que prometerem votos de conterrâneos para a reforma.

No último dia 22, o jornal Estadão revelou que Marun levantou todos os pedidos de empréstimos feitos na Caixa pelos governadores, prefeitos de capitais e grandes cidades, e disse que só liberaria os contratos se os deputados da base deles votassem pela reforma da Previdência. Na tarde desta terça-feira, Marun à imprensa disse que era isso mesmo.

Realmente, o governo espera daqueles governadores que têm recursos a serem liberados, financiamentos a serem liberados, como de resto de todos os agentes públicos, reciprocidade no que tange à questão da Previdência“, afirmou em entrevista à imprensa. O ministro está em Brasília em pleno recesso fazendo contas e comprando parlamentares para aprovar a reforma.

Queremos que os governadores nos auxiliem na aprovação da reforma. Não vemos como chantagem o governo atuar num aspecto tão importante para o Brasil. O governo espera uma reciprocidade dos governadores que têm recursos e financiamentos a ser liberados. Não é retaliação, é um pedido de apoio”. Realmente, não se trata de uma “chantagem”, mas de uma compra pura e simples. Se isso não for corrupção, nada mais é.

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