Brasília - O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), fala sobre acordo entre os presidentes da Câmara e do Senado para votar reforma da Previdência em fevereiro de 2018, após o fim do recesso parlamentar (Wilson Dias/Agência Brasil)
Redação

A liderança do governo no Senado anunciou no final da tarde desta quarta-feira, 13, que vai adiar a votação da reforma da Previdência para fevereiro. O anúncio veio pelo líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Jucá disse que a votação no início de 2018 está “conversada” com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

A negociação do governo com sua base prevê a votação no Senado assim que passar na Câmara. Divide, assim, o desgaste da aprovação da medida que ataca o direito à aposentadoria de milhões de trabalhadores.

Em nota, o Palácio do Planalto não chega a falar em adiamento, só nesta quinta-feira Temer deve se reunir com Rodrigo Maia e Eunício Oliveira para bater o martelo sobre a data de votação.

Ameaça continua
Se por um lado o adiamento da votação mesmo após os R$ 43 bilhões envolvidos nas “negociações” com os parlamentares, é uma derrota do governo, por outro esse perigo está longe de passar. O governo quer mais tempo para comprar os 308 votos necessários para a aprovação da PEC 287. Entre as negociações espúrias para a compra de votos está o bilionário fundo eleitoral para 2018.

Ao mesmo tempo, vai recrudescer ainda mais a campanha mentirosa na mídia, dizendo que a reforma não vai afetar os trabalhadores pobres e que só prejudica os “privilegiados”. Só para se ter uma ideia, Temer em pessoa vai no programa do Sílvio Santos defender a reforma.

É necessário mais do que nunca continuar e intensificar a campanha contra a reforma da Previdência, contrapondo o discurso mentiroso do governo na mídia e mostrando que ela só serve a grandes banqueiros e empresários, os verdadeiros privilegiados.

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