MST também assina protocolo de cooperação com o MEC para garantir a reformaNas últimas semanas, o governo Lula promoveu uma série de iniciativas para acelerar a implementação de sua proposta de reforma Universitária. No dia 18, o Ministério da Educação (MEC) assinou um protocolo de cooperação com a CUT, o MST, outras centrais sindicais e movimentos sociais, por meio do qual eles se comprometem a colaborar com a redação final do projeto, que deve ser enviado ao Congresso em dezembro.

Da CUT poucos esperavam algo diferente, já que há muito tempo ela é uma Central “chapa-branca”, que ajuda o governo a implementar as reformas neoliberais. Mas a atitude do MST (representado por João Pedro Stédile) causou surpresa e indignação na comunidade universitária, pois representou o abandono do movimento da luta em defesa da universidade pública.

O governo iniciou também uma forte propaganda defendendo os pontos centrais da reforma. Segundo o MEC, 700 instituições privadas já aderiram ao ProUni (projeto que compra vagas nas faculdades pagas), 39 universidades firmaram convênios para oferecimento de cursos à distância e 156 mil alunos serão avaliados pelo Enade (Novo Provão), que acontecerá no dia 7 de novembro.

O governo também promoveu uma reunião com os reitores das universidades federais, representados por sua Associação Nacional, e se comprometeu em agilizar a implementação da “autonomia universitária”, que significa acabar com a carreira de professores e funcionários e dar liberdade total para que as universidades captem recursos na iniciativa privada.
Post author Júlia Eberhardt, Organizadora da Conlute
Publication Date