A General Motors demitiu na tarde desta sexta-feira, dia 16 de janeiro, o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região (Conlutas), Eduardo de Oliveira Silva. A medida é uma represália à luta que está ocorrendo na montadora contra as demissões.

O próprio comunicado da empresa, demitindo Eduardo, cita a paralisação ocorrida na fábrica na última terça-feira, dia 13.

Os metalúrgicos da GM estão em mobilização contra as 802 demissões anunciadas na segunda-feira, dia 12. Desde então, houve assembléias com paralisação de até quatro horas na produção nos dias últimos 13 e 15.

Para o Sindicato, este é mais um ataque da GM à organização sindical dos trabalhadores. Desde o ano passado, a montadora intensificou os ataques aos dirigentes sindicais, com várias punições como advertências e suspensões.

Eduardo também é candidato da Chapa 1, a chapa do Sindicato/CONLUTAS, na disputa eleitoral da entidade, que tem eleições marcadas para os dias 11 e 12 de março. Portanto, Eduardo tem estabilidade porque é dirigente sindical e também porque é candidato para a eleição da nova diretoria.

O Sindicato não vai aceitar este ataque. “Esta demissão é um ataque ao conjunto dos trabalhadores e a todo o movimento, com o objetivo de quebrar a nossa resistência e luta. Por isso, a readmissão de Eduardo passa a ser parte da campanha contra as demissões. Também faremos uma campanha nacional e internacional de denúncia da violação dos direitos sindicais pela GM”, disse o diretor do Sindicato, Vivaldo Moreira.