Os trabalhadores da General Motors de São José dos Campos pararam a produção do segundo turno do MVA (Produção de Veículos Automotores) por uma hora e meia, nesta terça-feira, 19 de outubro. O protesto faz parte do dia mundial de luta contra as 12 mil demissões anunciadas pela GM, que deve atingir diversos países da Europa. Cerca de 3 mil trabalhadores participaram da manifestação.

“A GM é uma das maiores empresas do mundo. Só este ano, obteve um lucro líquido de US$ 440 milhões em todo o mundo, desta forma é inadmissível que alegue estar passando por crise financeira. Nós somos solidários aos companheiros europeus, pois acreditamos que a luta deles também é nossa”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e membro do Grupo de Ação Internacional dos Trabalhadores da GM, Luiz Carlos Prates o Mancha.

SAIBA MAIS SOBRE AS DEMISSÕES NA EUROPA

Em Rüsselsheim, a sede histórica da Opel, instaurou-se a amargura desde que o grupo americano General Motors, proprietário das marcas Opel, Saab e Vauxhall, anunciou, em 14 de outubro, um severo plano de reestruturação incluindo 12 mil demissões na Europa, dos quais 10 mil na Alemanha.

O plano de reduções de custos ao qual o grupo automobilístico americano deu início suscita uma forte emoção na Alemanha. Os assalariados da fábrica de Bochum, no vale da Ruhr, onde 4.000 dos 9.600 empregos estão ameaçados, e onde um fechamento puro e simples da unidade não está descartado a médio prazo, iniciaram uma greve na quinta-feira, 14.

Espanha, Portugal, Bélgica, Reino-Unido, Suécia e Polônia são os outros países que também sofrerão com as demissões da GM.

FONTE: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (www.sindmetalsjc.org.br)