O ataque aos povos indígenas vem de todos os lados. Do governo, da sua base aliada e da oposição de direita
(Agência Brasil)

A violência e o assassinato de indígenas cresceram com as vistas grossas feitas pelo Governo do PT, que nem pensa em contrariar aqueles que são seus “heróis”, os usineiros, como disse Lula anos atrás

500 anos depois, os povos originários continuam sendo assassinados e tendo suas terras roubadas. Agora, pelas mãos dos fazendeiros e latifundiários. O avanço do agronegócio toma as terras dos indígenas, que enfrentam ainda a ação de capangas armados e confinamentos em áreas cada vez mais restritas. 
 
No mês passado, no município de Antônio João, Mato Grosso do Sul, indígenas guarani-Kaiowá ocuparam cinco fazendas de um território que foi homologado como terra indígena em 2005, mas cuja posse de fato se arrastava indefinidamente na Justiça, já que o STF suspendeu o processo. O relator, adivinhem, é o ministro Gilmar Mendes, o mesmo que sentou em cima da ação que proíbe a doação de empresas às campanhas eleitorais.
 
O desespero e a situação de miséria em que vivem os indígenas confinados os levaram a ocupar uma terra que, afinal, eram deles. Mas os fazendeiros não aceitaram e atacaram de forma brutal os indígenas. No último dia 29, o guarani-kaiowá Semião Vilhalva, de 24 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça durante um ataque de ruralistas. Vários indígenas, incluindo crianças, foram espancados. 
 
O que fez o governo? A única coisa que sabe fazer nesses casos, mandou o Exército e a Força Nacional de Segurança ocuparem a área. 
 
A violência e o assassinato de indígenas cresceram com as vistas grossas feitas pelo Governo do PT, que nem pensa em contrariar aqueles que são seus “heróis”, os usineiros, como disse Lula anos atrás. Não é a toa que Dilma encampa hoje o pacote de mais ajuste fiscal chamado de Agenda Brasil que prevê, entre vários ataques, a revisão da regularização das áreas indígenas. 
 
O ataque aos povos indígenas vem de todos os lados. Do governo, da sua base aliada e da oposição de direita. Na Câmara, O PMDB propõe o Projeto de Lei 1610/1996 que permite que as grandes empresas privadas explorem recursos minerais em territórios demarcados como indígenas. Projeto este que tem forte apoio do PSDB de Aécio Neves, do DEM e de outros partidos da velha direita.
 
Eles estão todos juntos para retirar os direitos dos povos originários. Os movimentos sociais precisam se unir em torno a esta causa também, juntando forças e solidariedade à luta indígena. 
 
 
 
 
 
 

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