A recente fusão entre Itaú e Unibanco aumenta ainda mais a concentração bancária. O novo banco que surge da operação tem em mãos 19% de todo o crédito do país.
A fusão mostra que o sistema bancário brasileiro não está tão sólido quanto o governo garante. O Unibanco era responsável no Brasil pela atuação da seguradora AIG, que quebrou nos EUA.

Além disso, a megafusão abre a perspectiva de demissões no setor, medida que não foi contestada pelos executivos dos dois bancos. Juntos, Itaú e Unibanco têm 80 mil bancários, quase 20% de toda a categoria no país.

Prejuízos no mercado financeiro
No último dia 31, a Bovespa contabilizava seu pior mês em 10 anos, tendo uma desvalorização de 24,8%. Foi o quarto pior mês da história da bolsa. O equivalente a mais de R$ 23 bilhões saíram do país. As empresas com papéis negociados na bolsa sofrem uma brutal desvalorização, a exemplo da Vale e da Petrobras.
Outras empresas resolveram especular com o dólar e também tiveram prejuízos bilionários. A Sadia teve prejuízos de R$ 760 milhões. A Aracruz, empresa de celulose, amargou perda de quase R$ 2 bilhões, pouco menos que a Votorantim, que perdeu R$ 2,2 bilhões.

Essas empresas apostaram em contratos cambiais que garantiriam lucros caso o dólar permanecesse baixo, impulsionando seus lucros na ciranda financeira. Com a desvalorização do real, tiveram prejuízos gigantescos. O BNDES já avisou que irá socorrer essas empresas.

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