A FUP divulgou um artigo assinado pelo jornalista David Macedo, do Sindipetro PR/SC e da CUT/PR, com o título “Unanimidade: Mais do que nunca, o petróleo tem que ser nosso!”. O texto afirma que existiu unanimidade no seminário “Pré-sal – O Brasil no caminho certo”.

A primeira surpresa é que esta unanimidade foi construída entre “o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo; o governador Roberto Requião; o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; o coordenador da Federação Única dos Petroleiros, João Antônio Moraes; o presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli de Azevedo; os secretários de estado Ênio Verri [do Planejamento] e Rafael Iatauro [da Casa Civil]; a presidente estadual do PT, Gleisi Hoffmann; o jornalista e economista César Benjamin”.

Os ministros, governadores e secretários de Estado, evidentemente defendem o projeto do governo Lula, que mantém a entrega do petróleo e da Petrobras ao capital privado e internacional. Já o coordenador da FUP, assim como César Benjamin, deveriam defender o projeto dos movimentos sociais, recentemente apoiado pela Conlutas, que defende o Monopólio Estatal do Petróleo, a Petrobras 100% estatal e a criação de um Fundo Social Soberano que terá todo seu patrimônio aplicado nas áreas sociais, entre outros pontos.
Portanto projetos totalmente antagônicos.

Fica mais complicado ainda quando, ao final do seminário, foi apresentada uma tal “Carta de Curitiba” assinada pelo governador Roberto Requião (PMDB) que diz: “Encontramos aqui uma coincidência de opiniões entre diversos partidos e setores sobre o pré-sal. O tema costurou a necessária unidade nacional em torno do assunto”.

Acreditamos que é absolutamente impossível algum tipo de unanimidade entre o Projeto dos Movimentos Sociais, as Plenárias de Guararema e esta Carta de Curitiba.

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