Cacá fala no ato contra sua demissão
Fotos: Paollo Rodajna

Foi realizado, na última quarta-feira, 15, um ato contra a demissão de Carlos Augusto Machado, conhecido como Cacá, ex-dirigente do Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações (Sinttel) do Rio e representante dos empregados no Conselho Deliberativo do fundo de pensão Telos. Numa clara atitude de agressão ao direito democrático de organização, a Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel) alegou estar realizando uma suposta reestruturação. Até agora, a tal reestruturação atingiu apenas Carlos Augusto.


 
Não é de hoje que a Embratel demite ativistas por perseguição política. Com a sua privatização no governo FHC, diversos trabalhadores foram demitidos, salários foram arrochados, direitos retirados, ataques feitos ao fundo de pensão dos trabalhadores. Logo em 1998, após a privatização, foram demitidos 1.500 funcionários (15,43% do total) através do PDV. Já em 2004, quando a Telmex assumiu o controle, foram demitidos mais de 1.200. Em 2012, foram três dirigentes sindicais demitidos por perseguição, e, agora, Carlos Augusto.
 
O ato foi bastante representativo. Contra mais essa arbitrariedade, diversos ativistas e funcionários fizeram um ato na porta da empresa, contando com a participação de representantes do Andes-SN, Sinttel, CSP-Conlutas, ANEL, o vereador Paulo Eduardo Gomes (ex-funcionário e ativista da Embratel), CUT, Federação, gabinete do deputado Jorge Bittar (PT), gabinete do deputado estadual Gilberto Palmares (PT), Sindicato dos Comerciários da Baixada Fluminense, entre outros, que prestaram sua solidariedade a Cacá. A mobilização reuniu cerca de 100 pessoas, as quais, ao final das falas dos representantes das diversas organizações já citadas, gritaram pelo retorno do companheiro à empresa. Assim, os presentes ao ato reafirmaram o compromisso de lutar pela readmissão do ex-dirigente do sindicato.

Atualizada em 17/1/2014 às 21h29