O ato no Rio de Janeiro nesta quinta-feira, Dia nacional de Luta e Paralisações convocado pelas entidades do funcionalismo público, reuniu cerca de 5 mil pessoas, no centro da cidade. No começo da noite, os manifestantes percorreram a Avenida Rio Branco e realizaram um ato na Cinelândia. No dia de hoje, trabalhadores do INSS, do Banco Central, entre outros, cruzaram os braços.

O protesto no Rio foi convocado pelo Fórum Fluminense de Defesa da Previdência Pública e contou com a participação de parlamentares e personalidades que estão contra a reforma, como os deputados federais João Fontes (PT-SE), Luciana Genro (PT-RS) e Babá (PT-PA); a senadora Heloísa Helena (PT-AL) e o presidente do PSTU, José Maria de Almeida. Todos os parlamentares condenaram a reforma e a senadora afirmou que não irá votar no projeto enviado por Lula ao Congresso: “Não nos peça para deixar nosso nome nesta vigarice política“, afirmou.

Como tem acontecido em outras manifestações e nos congressos da CUT e da UNE, o protesto também acabou sendo dirigido aos representantes dos partidos do governo presentes. O presidente da CUT-RJ, Jaime, foi vaiado pelos manifestantes. Ele milita no PCdoB, partido do deputado Inácio Arruda, que votou a favor da reforma em reunião da comissão da Câmara de Deputados. As vaias também foram motivadas pelo papel que a direção da CUT tem cumprido em relação ao funcionalismo – a central até agora não aprovou o apoio à greve do dia 8 de julho e, na reunião com o governo após o ato de Brasília, tentou dividir o movimento.

Atos também aconteceram nas principais capitais do país. Em São Paulo, auditores da Receita, fiscais e trabalhadores da Previdência fizeram paralisação de 24 horas. Em Santa Catarina, os funcionários do Judiciário Federal pararam, participaram de um ato no centro de Florianópolis, foram até o Palácio para tentar uma audiência com o governador e terminaram o dia com um protesto em frente a sede do Partido dos Trabalhadores contra a reforma da Previdência. Em Curitiba, cerca de 500 pessoas, na maioria, trabalhadores do INSS e fiscais da receita, fizeram um ato no centro da cidade.