Plenária em Porto Alegre reafirma importância da CNESF na unificação das lutasSe depender do governo Lula, os servidores federais vão amargar mais um ano de arrocho. No orçamento da União aprovado pelo Congresso, foi destinada a incrível cifra de 0,01% para recomposição salarial. Esse percentual ridículo embute uma perversa manobra para o governo atender a uma súmula do Supremo Tribunal Federal, que prevê reajuste anual para os servidores, mas não estabelece um índice mínimo.
Porém, os servidores já iniciaram o processo de mobilização. O primeiro passo foi uma Plenária Nacional no dia 26 de janeiro, em Porto Alegre, com 137 representantes, entre delegados e observadores.

Pauta e calendário
A plenária destacou a importância de se recuperar a Coordenação Nacional das Entidades dos Servidores Federais (CNESF) como fórum de unificação das lutas do funcionalismo; de se construir um calendário de lutas e de organizar uma pauta emergencial unificada.

Para construir a mobilização, serão adotadas as seguintes medidas: 1) definição de um índice para recuperação emergencial das perdas na próxima plenária nacional, após amplo debate na base; 2) trabalhar com um calendário de recuperação das perdas históricas de dezembro de 1994 até o final do atual governo; 3) reestruturação de tabelas salariais e incorporação das gratificações ao salário-base; 4) diretrizes para Planos de Carreiras e 5) paridade entre ativos e aposentados.

No dia 14 de março serão realizadas em Brasília plenárias setoriais e, no dia 15, pela manhã, haverá uma Plenária Nacional, com o lançamento da campanha salarial à tarde.

A CUT não fala em nome dos servidores
Porém, não está garantido que teremos uma luta unitária. Em 2004, setores governistas desferiram um duro golpe na CNESF, impedindo que houvesse uma poderosa greve. Por isso, a plenária também reafirmou que “a CUT não fala em nome dos servidores federais”.
Post author Paulo Barela, da Executiva Nacional do ASSIBGE/SN
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