É preciso aproveitar o momento de fragilidade do governo e construir mobilizações para derrotar as reformasApós a grande repercussão da manifestação contra a reforma em março, quando dezenas de sindicalistas vaiaram o ministro do Trabalho, um novo protesto ocorrerá no Congresso. Desta vez, o alvo será o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 369, que o governo precisa aprovar antes de colocar o Projeto de Lei da reforma Sindical em tramitação. O ato está sendo organizado pela Frente Unitária Contra a Reforma Sindical, formada por vários setores que se opõem ao projeto de reforma. Durante a manifestação, os sindicalistas divulgarão um manifesto contra a reforma.

Unidade contra a reforma
A Frente reúne setores como a esquerda da CUT, a CGT, a CGTB, a Corrente Sindical Classista, o Fórum Sindical dos Trabalhadores e a Conlutas. Esta Frente teve sua primeira reunião em 22 de março e está construindo uma agenda unificada para conscientizar os trabalhadores sobre os perigos da reforma, e também articular um plano comum de mobilizações para barrá-la. Após o ato do dia 14 no Congresso, os setores que estão lutando contra a reforma organizarão um 10 de Maio alternativo ao da CUT.

Pelegos pela reforma
Em 6 de abril, durante Audiência Pública na Câmara, a Força Sindical rompeu acordo com a central. A Força afirmou que apresentará uma emenda ao projeto mantendo a unicidade sindical. Com isso, a central de Paulinho quebra o que foi acordado entre as centrais e o governo, ou seja, aceitar o projeto de consenso do Fórum Nacional do Trabalho. Embora isso enfraqueça o “acordão” das centrais, os pelegos da CUT e da Força continuam seguindo na defesa do projeto do governo e tentarão enganar os trabalhadores nos seus atos-shows do 10 de Maio, para fortalecer a campanha em prol das reformas.

Construir mobilizações para derrotar governo e pelegos
Os trabalhadores devem aproveitar as crises políticas que o governo Lula enfrenta (como as sucessivas derrotas no Congresso, escândalos de corrupção com ministros etc.) para derrotá-lo. Hoje, sem dúvida alguma, existe um cenário favorável para que os trabalhadores possam derrotar a agenda neoliberal de Lula. Isso, porém, não basta. Se não houver mobilizações, o governo poderá se recuperar e retomar a ofensiva contra os trabalhadores. Por isso, é fundamental construir a luta contras as reformas Sindical e Trabalhista. Só assim podemos ampliar o desgaste do governo e convencer os trabalhadores de que as reformas são um profundo golpe contra os seus direitos.

Nesse sentido, além do ato do dia 14, a Frente Sindical também deliberou a realização de ações unificadas contra a reforma nos próximos meses, como o 10 de Maio alternativo, e uma grande marcha à Brasília no segundo semestre.

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