Petroleiros votam indicativo de greve para o dia cinco de agostoApós a intensa mobilização dos petroleiros em julho, a FNP (Frente Nacional dos Petroleiros) faz um chamado à categoria de todo o país e à direção da FUP (Federação Única dos Petroleiros) para a constituição de uma mesa única de negociação e um calendário unificado de luta. “Temos que construir um comando nacional unificado dos dezessete sindicatos da FUP e FNP que lancem o indicativo e organize a greve a partir de cinco de agosto”, afirma o chamado da Frente.

A FUP é a federação ligada à CUT, com sindicatos também filiados à CTB, central ligada ao PCdoB. Já a FNP é principalmente composta por sindicatos combativos filiados à Conlutas, à Intersindical, além de entidades independentes e algumas filiadas à CUT. Reúne o Sindipetro do Rio, Alagoas e Sergipe, Litoral Paulista, Rio Grande do Sul, São José dos Campos (SP), e o Sindipetro do Pará, Amazonas, Maranhão e Amapá. No último dia 25, ocorreu no Rio uma reunião ente FUP e FNP. Apesar de a reunião representar um avanço, a FUP ainda hesita na formação de um comando único.

Mobilizações
Os petroleiros da Bacia de Campos (RJ) protagonizaram uma vitoriosa greve de cinco dias, entre os dias 14 e 18 de julho. Enfrentaram, para isso, a truculência da direção da Petrobras. A direção da empresa investiu de forma brutal contra a mobilização dos petroleiros. A Petrobras conseguiu interditos proibitórios na Justiça para desembarcar trabalhadores paralisados nas plataformas, acusando-os de motim. Enviou também funcionários desqualificados para operar plataformas que não contavam com pessoal suficiente. Além disso, utilizou-se de todo o tipo de pressão e coação.

Já os petroleiros de todo o país também realizaram paralisação de 48 horas, em solidariedade aos colegas grevistas, demonstrando a disposição de luta da categoria. No entanto, apesar de a paralisação ter sido vitoriosa, a empresa apresentou somente uma proposta rebaixada aos petroleiros do Norte Fluminense. A direção da Petrobras continua com sua proposta de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) rebaixada. Os trabalhadores reivindicam PLR de 25%.

“Diante disso, não resta alternativa senão unificar as forças da categoria, rumo à uma forte greve”, diz ainda a FNP. A Frente defende um comando nacional unificado dos dezessete sindicatos da FUP e FNP, que lance o indicativo e organize a greve a partir do dia cinco. A partir desta semana, os sindicatos da FNP realizam assembléias para aprovarem o indicativo de greve.

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