Nos dias 27 de janeiro a 1º de fevereiro, acontece em Belém (PA) a nova edição do Fórum Social Mundial. Este ano, o evento será marcado por importantes fatos políticos da conjuntura internacional que reforçam ainda mais a importância da participação dos sOs ricos devem pagar pela crise: não há saída para os trabalhadores no capitalismo!
O primeiro grande fato em debate será a crise econômica mundial. Essa já é a principal crise do sistema capitalista desde a grande depressão de 1929. Ela continua se desenvolvendo nos países centrais, como Estados Unidos e Alemanha, mas chega fortemente aos chamados países em desenvolvimento. É o caso do Brasil, que enfrentou, no final de 2008, a maior onda de demissões de todos os países do mundo.

A direção do Fórum defende que, frente à grave crise do capitalismo, os ativistas presentes no evento adotem um programa que tenha como principal proposta um capitalismo mais humanitário, com elementos de regulação do mercado. Contra mais esta faceta do reformismo, a militância da Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional (LIT-QI) e do PSTU estará presente no Fórum e defenderá que, diante da crise do capitalismo, um mundo socialista é possível!

Mas para isso se concretize nas lutas e mobilizações da classe trabalhadora em nível internacional, a esquerda socialista deve abandonar de uma vez por todas os atalhos reformistas e abraçar a única saída possível para a crise do capitalismo, que arrasta a classe trabalhadora para a barbárie: a defesa e a construção cotidiana da revolução socialista.

O programa da direção do Fórum é legitimado e apoiado também pelo PT e pelo governo Lula. Ambos estarão presentes em Belém para defender as medidas de proteção ao capital que o governo vem adotando, dando bilhões para os banqueiros e aos grandes empresários. Enquanto isso, esse governo vira as costas para os trabalhadores que estão sendo demitidos e tendo seus salários e direitos reduzidos.

A militância do PSTU será uma voz de oposição de esquerda ao governo brasileiro no Fórum, exigindo de Lula a decretação imediata de uma medida provisória que garanta a estabilidade no emprego para todos os trabalhadores.

Viva a resistência palestina! Abaixo o estado racista e fascista de Israel!
Outro grande fato internacional foi a invasão genocida praticada pelo Estado racista e fascista de Israel ao território palestino na Faixa de Gaza. Depois de mais de 1.200 mortos, o governo israelense retirou suas tropas da região para demonstrar colaboração com a posse do novo presidente dos EUA, Barak Obama. Mas no lugar de bombas, vem instalando, na prática, um bloqueio ao território dirigido pelo Hamas, que pode continuar a gerar mortes, desespero e miséria para o povo palestino.

Está sendo organizada uma grande passeata durante o Fórum em defesa da resistência palestina e contra a agressão genocida de Israel. A militância da LIT-QI e do PSTU estará lá, defendendo o fim do Estado de Israel e a construção de uma Palestina laica, democrática e não racista. Só a mobilização dos palestinos e dos trabalhadores em todo mundo pode derrotar mais esta ofensiva de Israel.

No último dia 15 de janeiro, o PSTU dedicou o seu programa à luta do povo palestino. Nas atividades em que estaremos presentes no Fórum, vamos fazer o mesmo. A solidariedade com os palestinos é um dever de toda a militância internacionalista.

O presidente é negro, mas a casa continua branca: governo Obama será uma continuidade da política imperialista dos EUA
A posse de Obama, no dia 20 de janeiro, gerou expectativas positivas não só dentro dos EUA, mas em todo o mundo, sobretudo nos países que sofrem com a dependência do imperialismo estadunidense. Esses tem a ilusão de que, com Obama, devido sua origem racial, poderemos viver dias de mais tolerância e menos exploração.

Porém a esquerda socialista não pode se calar diante da enorme campanha que o imperialismo e as burguesias, em nível internacional, estão realizando para jogar ilusões em milhões de trabalhadores, em especial os trabalhadores negros, de que o governo Obama será diferente dos demais governos imperialistas que estiveram à frente da casa Branca.

A política de Obama para a agressão de Israel à Faixa de Gaza foi uma primeira grande demonstração das reais pretensões do novo presidente. Ele vai manter, na essência, a política do imperialismo ianque para o Oriente Médio e para todo o planeta para assegurar à burguesia branca de seu país os lucros exorbitantes obtidos com a exploração das riquezas e das economias dos países em desenvolvimento.

Nas lutas da classe trabalhadora, reconstruir a IV Internacional
Frente à crise mundial do capitalismo, a LIT e o PSTU propõem aos socialistas revolucionários de todo mundo a tarefa histórica de reconstruir a IV Internacional. Essa organização revolucionária internacional foi construída por Leon Trostky em 1938, após a falência do estalinismo para a construção do Socialismo na ex-URSS e em escala internacional.

A primeira grande tarefa a ser encarada pelos marxistas revolucionários é o esforço para atualizar para o nosso período histórico o Programa de Transição – programa de fundação da IV – que busca resumir as tarefas imediatas e históricas do proletariado em sua luta pelo poder e pela revolução socialista.

Com o objetivo de dar mais um passo na atualização do programa de transição, a LIT e o PSTU promoverão no dia 30 de janeiro, às 9h, no Clube Monte Líbano, o Seminário Crise Econômica Internacional e reconstrução da IV Internacional. Além da palestra de Eduardo Almeida, dirigente da LIT e do PSTU, haverá a presença de representantes de vários partidos da Liga. A atividade contará, ainda, com a presença do camarada Didier Dominique, da organização haitiana Batalha Operária.