Esses são os planos militares dos EUA para o continente. Todavia, o imperialismo não é imbatível. Ao contrário dos que dizem que é impossível derrotá-lo, suas forças armadas imperialistas já foram derrotadas em várias partes do planeta.

De joelhos
Sua mais espetacular derrota foi na guerra do Vietnã, mas os soldados norte-americanos também tiveram que sair corridos da Somália.

Cuba expropriou a burguesia, sem que o governo norte-americano pudesse derrotar essa pequena ilha no Caribe. Basta lembrar da derrota imperialista na invasão da Bahia dos Porcos. Hoje, a resistência iraquiana dá provas de que, mais uma vez, o imperialismo pode ser derrotado.

Para ser necessário, já estão existindo outras derrotas do imperialismo nos dias de hoje, de grande importância. Ao contrário das décadas de 70 e 80, quando se impuseram ditaduras militares pelo continente afora, todas as vezes que os EUA apóiam tentativas ditatoriais são derrotados por grandes mobilizações de massas. O maior exemplo foi na Venezuela, com o golpe contra Chávez. Os golpistas da a oposição de direita foram derrotados por uma insurreição de massas e Chávez foi reconduzido.

Algo semelhante também ocorreu na Argentina em 2001. O governo De la Rua reprimiu as mobilizações que questionavam diretamente seu governo, e tentou impor o estado de sítio, impedindo reuniões e atos públicos. Uma multidão muito maior dos que até então se mobilizavam invadiu a Praça de Maio e derrubou o governo.

Em 2005, mais dois exemplos. A reação popular à tentativa de imposição da Lei Marcial por Lúcio Gutierrez, no Equador, (apoiado pela embaixada dos EUA), acabou depondo o governo equatoriano. Na Bolívia, a embaixada ianque tentou um meio golpe com a posse de Vacas Diez, de ultradireita, apoiado pelo exército, após a renúncia do governo Mesa. Uma mobilização gigantesca cercou o parlamento e impediu o golpe. Em outro plano, apesar de todo esforço militar do imperialismo, o Plano Colômbia não conseguiu impor uma vitória militar sobre a guerrilha das Farc.

Mobilizar é a saída
Nossa luta contra o imperialismo deve incorporar também o enfrentamento contra a militarização do continente. Nossa luta contra a Alca tem um caráter antiimperialista e antimilitarista, pois qualquer acordo ou negociação desse projeto abrirá ainda mais as portas para a presença militar dos EUA, com conseqüências sanguinárias.

As tropas brasileiras no Haiti devem voltar imediatamente. Os projetos militares conjuntos devem ser abandonados, assim como o pagamento da dívida externa deve ser suspenso e a Alca deve ser definitivamente descartada.

Entretanto, só conseguiremos isso se houver uma ampla mobilização dos trabalhadores e dos povos pobres da América Latina.
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