Os presidentes do Banco Central e do Banco do Brasil devem ser investigados imediatamenteEvasão de divisas, declarações de renda fraudulentas, lavagem de dinheiro e milhões depositados nas contas de doleiros em paraísos fiscais, essa é a promiscuidade em que estão envolvidos os principais dirigentes das instituições financeiras que ditam a atual política econômica.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, não consegue mais explicar seu envolvimento em tantos escândalos. Tudo começou com as revelações feitas pela IstoÉ, comprovando que ele não pagou Imposto de Renda entre 2001 a maio de 2002, pouco antes de fazer a campanha mais cara da história de Goiás, como candidato a deputado federal pelo PSDB. Depois vieram revelações de que Meirelles fez uma verdadeira “mágica”, vendendo um imóvel, também não declarado à Receita Federal, que era dele (pessoa física) para ele mesmo (pessoa jurídica).

Nesta última semana, surgiram novos escândalos. A Veja apresentou documentos que comprovam o depósito de US$ 50 mil, também não declarados à Receita, numa conta bancária de doleiros. Segundo Meirelles, era para fazer um pagamento, mas ele não se lembra do quê e nem para quem.

O esquecido presidente do BC ainda declarou à Receita Federal que possuía um terreno, parte de uma fazenda, que valeria hoje algo em torno de R$ 40 mil. No entanto, Meirelles declarou que o terreno valeria a ridícula quantia de R$ 1,00.

Meirelles tentou impedir o vazamento de novas informações, demitindo seu funcionário no BC, Luiz Augusto Candiota, acusado de não ter declarado contas abertas nos EUA. Mas a decapitação de Candiota não logrou os resultados esperados e Meirelles continuou afundando num mar de lama. Enquanto isso o governo Lula tenta “blindar” o presidente do BC contra novos escândalos.

Casseb usou contas de doleiros

Outro figurão que está envolvido com escândalos é Carlos Casseb, presidente do Banco do Brasil. Casseb também tem contas fantasmas no mesmo banco que Candiota e Meirelles, o MTB Bank, acusado de ser uma lavanderia de dinheiro sujo. As contas utilizadas por Casseb pertencem aos mesmos doleiros que trabalhavam para criminosos como Fernandinho Beira-Mar e o “Comendador” João Arcanjo Ribeiro.

Além disso, Casseb está no centro das denúncias envolvendo o desvio de R$ 70 mil do Banco do Brasil para comprar ingressos para um show que serviria para angariar fundos para a compra da nova sede do PT. Casseb também é suspeito de ter favorecido a Telecom Itália, da qual já foi funcionário, na sua disputa empresarial com o Banco Opportunity, pelo controle da Brasil Telecom.

Palocci e sua equipe são agentes do FMI

Casseb, Meirelles e Candiota são todos membros da primeira linha da equipe econômica do ministro Palocci, responsável pela política de desemprego e recessão. Todos eles são ex-funcionários de grandes bancos ou corretoras internacionais. Meirelles foi presidente do BankBoston. Casseb trabalhou em diversas empresas e instituições financeiras internacionais como o Citibank e o BankBoston, quando este era presidido por Meirelles. Já Candiota trabalhou no Citibank, sendo subordinado de Casseb. São todos velhos comparsas, acostumados a defender os interesses dos grandes banqueiros internacionais.

Chamados por Lula e Palocci para integrar a equipe econômica, eles atuaram como marionetes do FMI, transformando o país num verdadeiro empório para a ação delinqüente de banqueiros e toda espécie de especuladores. Não é à toa que o país é obrigado a desviar mais de 70% do Produto Interno Bruto para pagar a dívida externa.

Enquanto as maracutaias e negociatas destes agentes do FMI estampavam o noticiário, foi divulgado pela mídia que os maiores bancos privados do país obtiveram, mais uma vez, lucros recordes sem produzir sequer um botão. O Bradesco, o maior dos bancos privados, obteve um lucro de R$ 1,25 bilhões. Já o Itaú, o segundo maior, obteve lucro de R$ 1,8 bilhões, 22% superior ao registrado no ano passado. A façanha dos lucros dos bancos não tem nenhuma explicação sobrenatural. É responsabilidade de Lula, Palocci, Meirelles, Casseb e Candiota. É preciso afastar imediatamente esses agentes do FMI do governo, investigar e prender todos que estão envolvidos na bandalheira.
Post author Jeferson Choma, da redação
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