O fracasso do programa Fome Zero se explica pela sua lógica assistencialista que nem mesmo pode amenizar o desespero dos milhões que passam fome no país.

Um verdadeiro programa de emergência que não ataque o latifúndio, os atravessadores, os grandes comerciantes; enfim, que tome as medidas emergenciais que a situação requer, não funcionará nem mesmo como um programa assistencialista.

Até o momento, a distribuição do cartão que dá direito a R$ 50 por mês chegou a 50 mil famílias do nordeste. Num universo de 44 milhões de pessoas que passam fome no país.
Respondendo a críticas, José Graziano da Silva, coordenador do Fome Zero, afirma que o programa dos cupons de alimentação custaria cerca de R$ 20 bilhões para que pudesse atender a 9,3 milhões de famílias pobres em um ano. Com o que foi pago de janeiro a maio de juros da dívida aos banqueiros daria para atender duas vezes as famílias pobres do país no mesmo período.

Um verdadeiro programa emergencial de combate à fome não tem como conciliar interesses opostos. As prioridades ficam claras quando até mesmo o programa sofreu cortes em seu orçamento para garantir o pagamento da dívida.
Post author André Valuche,
da redação
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