A CSP-Conlutas, junto com outras entidades combativas, realiza nesta semana a Jornada Nacional de Lutas, de 17 a 26 de agosto. Trabalhadores, estudantes, movimento popular e de luta contra as opressões preparam atos, passeatas, paralisações, assembleias e diversas formas de manifestações que culminarão num grande ato em Brasília na próxima quarta-feira (24).

O objetivo da iniciativa é protestar contra os ataques promovidos pelo governo de Dilma Rousseff aos trabalhadores e ao conjunto da população como, por exemplo, o corte de R$ 50 bilhões do orçamento.

A CSP-Conlutas se posicionará contraria ao projeto “Brasil Maior”, que dá incentivos fiscais às grandes empresas, principalmente, multinacionais. Também será denunciada pela Central a verba de R$ 40 bilhões entregue às empreiteiras para obras da Copa e das Olimpíadas.

“São bilhões de reais entregues aos empresários, mas são negados reajustes salariais para as categorias que estão em campanha salarial sob o argumento de que ‘é preciso manter a economia estável´ e é vetado o aumento real dos aposentados”, salienta o dirigente da Executiva da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes.

A jornada também pretende fortalecer e unificar as mobilizações que vem acontecendo no país e as campanhas salariais, entre elas, bancários, petroleiros, metalúrgicos e servidores públicos federais.

AGENDA

Veja abaixo os atos previstos por região.

Sudeste – Em São Paulo, no dia 19, às 15h, haverá um ato nas escadarias do Teatro Municipal.

Os metalúrgicos de São José dos Campos (SP) estão programando uma série de atividades também para este dia. Haverá assembleias e paralisações em fábricas e participação na Grande Marcha pela Dignidade da Moradia, em defesa da legalização de bairros clandestinos.

No Rio de Janeiro, a atividade ocorrerá no dia 18, às 17h, com ato e passeata pela avenida Rio Branco, com concentração na Candelária.

Em Belo Horizonte (MG), haverá, também no dia 18, paralisação dos educadores municipais, com assembléia na Praça Afonso Arinos, às 8h, e, ao meio-dia, atos na prefeitura e na Praça Sete. Também nesta dada ocorrerá o lançamento da campanha salarial dos metalúrgicos de Minas Gerais e da campanha “O minério tem que ser nosso!”

Rio Grande do Sul – Educadores da rede estadual paralisarão as atividades no próximo dia 19 em defesa da implementação do piso nacional e dos planos de carreira. Passeatas, atos públicos, visitas a órgãos públicos e outras formas de manifestação deverão ser realizadas em todas as regiões do estado.

Também no dia 19, no Gigantinho, em Porto Alegre, será feito o lançamento de um movimento em defesa da educação pública. A atividade acontece a partir das 17 horas. Após o lançamento do movimento, serão empossadas a nova direção central e as direções de núcleos do CPERS/Sindicato.

Os comerciários de Santa Cruz realizarão manifestações nas redes atacadistas da cidade de nos dias 17 e 18.

Nordeste – Em Natal (RN), bancários farão uma manifestação na região central no dia 17.

Em Fortaleza (CE) haverá uma manifestação das trabalhadoras da confecção feminina, no dia 17. Já no dia 19, estão previstas paralisações no setor da construção civil e manifestações dos rodoviários, além de ato unificado dos trabalhadores da saúde e educadores do estado.

Em Teresina (PI), haverá um ato com os servidores federais, no dia 18.

Em São Luis (MA), estudantes darão prosseguimento à campanha “Chega de Sufoco – Nenhum passageiro em pé”. No dia 18 haverá um ato unificado de trabalhadores, estudantes e diversas entidades.

Na Paraíba, os trabalhadores municipais da cidade de Bayex paralisam as atividades no dia 18. No dia 19, atos públicos lançarão a campanha pela aplicação dos 10% do PIB para educação pública no estado e os decentes da UFCG (Universidade Federal de Campina Grande-PB) farão paralisação.

Manifestações estão previstas em Salvador (BA), no dia 18. No dia 20 ocorre um seminário com a presença da professora Amanda Gurgel, que ficou nacionalmente conhecida, após declarações veiculadas no Youtube sobre o desmonte na Educação Pública.

Norte – Em Belém (PA), trabalhadores da construção civil vão fazer uma grande mobilização, chamada pelos operários de “arrastão nas obras”. A Atividade será no dia 17. No dia 18, haverá também paralisação nas obras realizadas na região central da cidade.

Centro-Oeste – Todas essas manifestações culminarão numa grande marcha em Brasília na quarta-feira (24). Trabalhadores de diversas regiões país organizam caravanas para participar da atividade.