Vera Lúcia, de Aracaju (SE)

Vera, ex-candidata do PSTU à Presidência da República

Pobre não tem sossego mesmo. Todos os dias os trabalhadores, os mais pobres principalmente, são surpreendidos com uma notícia ruim. O tormento é a rotina no governo Bolsonaro.

Como se já não bastassem todas as dificuldades vividas por quem recebe um salário mínimo para sobreviver (é sobreviver mesmo: aluguel, comida, remédio, roupa, etc.), O governo Bolsonaro “estuda” congelar o salário mínimo! Isso é mais que um absurdo, é um crime!

A desculpa é mais absurda ainda. Esperar o país sair da crise. O Brasil está em crise econômica há vários anos e até agora o presidente (Bolsonaro e os anteriores) vem retirando, dia após dia, os direitos dos trabalhadores. A reforma da Previdência está sendo finalizada. Tudo em nome da crise econômica. Para ter maioria na votação, comprou os deputados por R$ 40 milhões cada, liberando R$ 4 bilhões em emendas parlamentares, e perdoou a dívida de R$ 82 milhões dos ruralistas com a Previdência. Quer dizer, o problema não é a falta de dinheiro. A questão é de onde tira e coloca o dinheiro.

Até agora só os trabalhadores e os mais pobres pagaram pela crise. E a crise não é nossa, é dos capitalistas. Então, que os ricos paguem.

Se o governo quer fazer economia, comece pelos banqueiros. Porque é com eles que fica quase a metade de tudo que o país arrecada. Os banqueiros embolsaram R$ 1,07 trilhão (27 vezes mais do que os R$ 37 bilhões que Bolsonaro quer economizar com o congelamento do salário mínimo).

Se é de dinheiro que o governo precisa, cobre de quem deve R$ 450 bilhões à Previdência Social, ou seja, os bancos e as grandes empresas (Itaú, Bradesco, Vale, JBS, etc) . Confisque os bens dos corruptos e corruptores. Se o governo tomar essas medidas básicas, o problema da crise econômica começa, de fato, a se resolver.

Por que Bolsonaro e sua equipe econômica não fazem isso? Porque o governo precisa tirar dos trabalhadores e dos pobres para proteger os seus amiguinhos ricos!

Então, façamos nós, os prejudicados. Vamos exigir dos sindicatos e das centrais que chamem assembleias gerais e organizem manifestações país afora. Se essas organizações não fizerem isso, então, façamos nós!

Vamos organizar as assembleias, as reuniões, os atos nas fábricas, nas escolas, nas lojas, shoppings, nos call centers, nos hospitais, nas unidades de saúde, nos quartéis, nos bairros.

Vamos dizer em alto e bom som: CHEGA! Nós não vamos pagar nada. Porque nada devemos. Chega de Bolsonaro-Mourão!