CSP Conlutas

Central Sindical e Popular

CSP-Conlutas

Segundo divulgado pela imprensa, o deputado Paulinho da Força (SD), após se reunir com Bolsonaro, afirmou que sua proposta para a reforma da Previdência é aumentar a idade mínima de 60 para 62 anos, no caso dos homens, e de 55 para 59 anos, no caso das mulheres.

Paulinho ainda falou, segundo noticiado, que defende um aumento de 30% no tempo de transição sobre a proposta de Bolsonaro, que é de 12 anos para quem está na ativa. Para completar, o deputado teria se queixado que a proposta do governo sobre a criação do regime de capitalização da Previdência “é ruim”, por ser “fechada e não permitir que os sindicatos participem”.

Para a CSP-Conlutas, as propostas de Paulinho vão contra os interesses dos trabalhadores, inclusive de sua própria base metalúrgica, pois, nesse momento, o que precisamos é continuar enfrentando unitariamente o governo, para derrotar sua reforma e defender nossas aposentadorias, benefícios e a Seguridade Social como um todo.

A CSP-Conlutas reivindica a unidade construída com todas as centrais, o que inclui a Força Sindical, para lutarmos contra o fim das nossas aposentadorias. Nas ações desenvolvidas até aqui, inclusive, essas propostas de Paulinho não foram parte das agendas comuns de nossas mobilizações. Na construção da luta contra a Reforma da Previdência, a nossa central tem deixado explícito que não há o que negociar nessa reforma e que o caminho para derrotá-la é a construção da Greve Geral. As palavras de Paulinho, portanto, não nos representam”, afirmou o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes.

Nem um dia a mais de trabalho e ou contribuição para homens ou mulheres. Defendemos a Previdência Pública universal e por repartição, e o sistema de Seguridade Social existente. Somos totalmente contra a privatização das nossas aposentadorias. Isso é completamente diferente do que defendeu o deputado que, aliás, faz um desserviço ao movimento quando vem a público e sinaliza sua defesa da participação dos sindicatos na capitalização da Previdência, como se isso fosse uma moeda de troca para diminuir e até retirar os poucos direitos previdenciários e as aposentadorias do povo trabalhador de nosso país. Não podemos aceitar. Não temos nenhum acordo com essas propostas. Nenhum.”, reafirmou o dirigente.

A CSP-Conlutas defende que é hora de ir pra cima, fortalecer e ampliar a mobilização junto aos movimentos populares e de luta contra as opressões, o Fórum das Centrais e organizar a Greve Geral Contra a Reforma da Previdência.  Ninguém pode vacilar! É isso o que os trabalhadores esperam e devem exigir de seus sindicatos, movimentos e representantes.

Está marcado, de forma inédita, um 1° de Maio unificado contra a reforma de Bolsonaro. Convocado em todo país pelas onze centrais sindicais brasileiras, a construção desse dia deve estar a serviço de pavimentar a construção da Greve Geral, único caminho eficaz pra enterrar de vez as pretensões do governo e dos banqueiros em acabar com o direito à aposentadoria.

A CSP-Conlutas insiste para que todas as centrais sindicais intensifiquem seus esforços com esse objetivo.  A classe trabalhadora brasileira, independentemente de quem votou, já demonstrou sua disposição em se mobilizar na defesa de seus direitos. Foi assim no 8 de Março, nas mobilizações por Marielle em 14/3, nos protestos durante o Carnaval, no 22 de marco.

Portanto, cabe às direções do movimento serem firmes, convocar a Greve Geral e confiar na classe. Esse é o caminho. Não o que o deputado lamentavelmente apontou em suas declarações.