Segundo o governo, o Brasil se tornou um país de classe média, que contaria com mais de 95 milhões de pessoas, um pouco mais de 50% da população. Integraria a essa classe média quem dispusesse de renda per capita entre R$ 291 a R$ 1.019 reais por mês. Marcelo Neri, um dos propagandistas do governo diz que tivemos “a adição de 40 milhões de pessoas, entre 2003 e 2011 na classe media brasileira”, deixando a condição de pobres para trás.
Você acha que com R$ 291 reais por pessoa realmente chegou a classe média? Ou que uma família formada por quatro pessoas, com uma renda de R$ 1.164 pode ser definida como de classe média? Sabemos que esses rendimentos não pagam nem o aluguel desta família, imagine plano de saúde, alimento, veículos, lazer, roupas etc.
Ao invés de nova classe média, estamos vivendo um processo complexo de ampliação da classe trabalhadora, que passou a ter acesso ao consumo pela expansão do crédito. Uma ampliação marcada pela precariedade e pelo endividamento.
O crescimento econômico gerou 20 milhões de empregos, e produziu uma modesta elevação do salário mínimo.  O Bolsa Família incorporou ao mercado milhões de pessoas. Tudo isso levou a uma elevação da renda dos setores mais empobrecidos do povo.
Mas junto com isso, ocorreu uma queda dos salários e aumentou a precarização das condições de trabalho de categorias como metalúrgicos, eletricitários, petroleiros, bancários, servidores públicos, professores universitários, engenheiros, médicos entre outros.

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