Os estudantes estão se mobilizando na capital paulista contra o aumento da tarifa do transporte público, de R$ 2 (ônibus) e R$ 2,10 (Metrô) para R$ 2,30. No dia 30 de novembro, cerca de mil manifestantes foram às ruas lutar contra a tarifa e exigir o passe livre. Organizada pela Frente de Luta contra o Aumento, a manifestação denunciou ainda a brutal repressão da polícia no ato anterior, no dia 25.

Os estudantes concentraram-se em frente ao Teatro Municipal e percorreram em marcha as principais ruas do centro. “Se a tarifa não baixar, a cidade vai parar”, gritavam os manifestantes. Aberta por palhaços e cuspidores de fogo, a passeata contou com muita criatividade para denunciar os preços abusivos do transporte.
Inúmeros agentes infiltrados e (mal) disfarçados acompanharam a marcha fotografando filmando os manifestantes. “Você aí fardado, também é explorado”, diziam os estudantes.

Unificar a luta
Participaram da manifestação ativistas independentes, anarquistas, militantes do PSTU e PSOL e de diversos outros movimentos e organizações. “Essa é uma demonstração de força da juventude. Temos agora que unificar as mobilizações contra o aumento e pelo passe livre”, afirmou Leandro Soto, da Secretaria Nacional da Juventude do PSTU. Ele se referia às manifestações, bem menores, organizadas pela UNE e pela Ubes contra o aumento.

Repressão não acaba com mobilização
No dia 1º de dezembro, uma nova manifestação reuniu cerca de 700 pessoas. A Polícia Militar reprimiu violentamente o ato com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, ferindo diversos estudantes.

Mas a repressão não acabou com a mobilização. A onda de lutas chega à terceira semana e uma nova manifestação ocorrerá no dia 7, quinta-feira, às 18 horas, novamente em frente ao Teatro Municipal.
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