Nesta terça-feira, dia 12 de abril, estudantes de diversos cursos da Uerj, convocados pelo movimento negro e pela Coordenação Nacional de Lutas dos Estudantes (Conlute), ocuparam o Conselho Superior de Ensino Pesquisa e Extensão (CSEPE), para um protesto contra a tentativa da reitoria de criar uma cláusula de barreira para a segunda fase do vestibular.

Pela proposta que a reitoria tenta aprovar sem debate com a comunidade acadêmica e com a população, apenas os vestibulandos que alcançarem a média de pontos poderão passar para a fase final do vestibular. Segundo a Sub-Reitora de Graduação, profª Raquel Vilardi, esta medida é para retomar o “mérito“ como critério de ingresso na universidade.

O que está acontecendo na Uerj é um ataque à política de cotas para estudantes negros e de escolas públicas e uma tentativa de elitização da universidade. Em vez da falácia do `mérito`, a reitoria deveria se preocupar em oferecer condições de ensino aos estudantes, com bibliotecas, bandejão, bolsas e condições de trabalho aos professores e funcionários. Em vez disso, o que ocorre é o corte de mais de 40% do orçamento pedido pela Uerj ao Governo do Estado, da família Garotinho.