Eles exigem a responsabilização da empresa e da Vale pela tragédia

Na tarde dessa terça, 10, estudantes da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) e ativistas da ANEL-MG (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre) ocupam a sede da mineradora em protesto contra a tragédia ocorrida em Mariana na última quinta-feira.

A manifestação, organizada pelo Anel, tem como objetivo pedir a responsabilização imediata da empresa pelo acidente, a revogação da demissão dos terceirizados ocorrida há poucos dias e a apresentação do plano de construção da moradia definitiva para as famílias de Bento Rodrigues. 

Leia abaixo as reivindicações divulgadas pelos estudantes:

Uma tragédia anunciada
A tragédia ocorrida na última quinta-feira, 5 de novembro, não foi um acidente, foi sim um assassinato de proporções humanas, ambientais e sociais incalculáveis.

A ganância desenfreada por lucros ceifou a vida de trabalhadores, pequenos agricultores, de uma população carente, mas nem por isso menos batalhadora.

A composição acionária da Samarco que tem a Vale como proprietária de 50% de suas ações, e a BHP Billiton dos outros 50%, ambas concorrentes para o titulo de maior mineradora do mundo, simboliza a forma como os grandes capitalistas encaram as riquezas do país: uma grande fonte de lucros dos grandes empresários internacionais e seus lacaios no país. Em uma só palavra: Rapinagem!

Na verdade, a empresa, o governo do estado e o Governo Federal são parte de um verdadeiro “Vale”-tudo para enriquecer acionistas! “Vale” o Governo Federal e estadual não fiscalizarem as atividades das mineradoras! “Vale” os governos estadual, federal e deputados defenderem a facilitação para a concessão de licenciamento ambiental.

Essa situação é inaceitável!

Por isso, nós, estudantes, ativistas estudantis e membros da ANEL (Assembleia Nacional do Estudantes Livres) exigimos:

1 – A imediata punição dos culpados;

2 – Prisão e confisco dos bens dos responsáveis;

3 –Nenhuma demissão! Estabilidade para todos os trabalhadores da Samarco/Vale e terceiras;

4 – Estatização da Samarco/Vale sob controle dos trabalhadores.

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