(Foto: ANEL-SP)

Assembleia está marcada para 19h, em frente da reitoria

Os estudantes da USP ocuparam, na tarde desta terça-feira, 1º, a reitoria da Universidade de São Paulo (USP) para exigir a realização de um debate democrático sobre a estrutura de poder e as eleições para reitor com toda a comunidade universitária.

Estudantes, funcionários e professores paralisaram as aulas e realizaram um ato em frente à reitoria por volta das 13h, onde o Conselho Universitário estava discutindo a democratização das estruturas da universidade, como as regras para eleição de reitor, composição dos conselhos e lista tríplice. A USP é uma das universidades mais antidemocráticas do país. Basta lembrar que o atual reitor, João Geraldino Rodas, sequer foi eleitos pela comunidade. Foi indicado diretamente pelo então governador de São Paulo, José Serra (PSDB).

As entidades sindicais dos professores e funcionários, junto com o Diretório Central dos Estudantes, por meio um protocolo, tentaram acompanhar as discussões no Conselho e pedir que a audiência fosse aberta. Contudo, o pedido foi recusado e a reunião do Conselho foi realizada com portas blindadas. Representantes dos funcionários no Conselho, sequer puderam retornar a reunião depois que deixaram a sessão por alguns minutos. Todo o episódio mostra muito bem como o reitor Rodas pretende encaminhar as discussões sobre a “democratização da universidade”. Sempre é bom lembrar que foi Rodas que chamou a tropa de choque da PM para desocupar violentamente a reitoria da USP em 2011.

Diante destes episódios, os estudantes resolveram ocupar a reitoria. A comunidade reivindica o fim da lista tríplice, eleição direta e paritária para reitor, e a paridade na composição de todos os conselhos da universidade. Neste momento estão reunidos no saguão para decidir quais serão os próximos passos do movimento. No entanto, a ocupação já decidiu a realização de uma grande assembleia às 19h, em frente da reitoria.

Atualização: a assembleia reuniu mais de mil estudantes e definiu a continuidade da ocupação da reitoria e imediata greve estudantil.