Na manhã de 10 de fevereiro, cerca de cem estudantes fizeram um ato em frente ao prédio da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) em São Paulo, ocupando o prédio em seguida. Antes da ocupação, os estudantes queimaram uma catraca, reivindicando a “descatracalização” do ensino superior público no país. Eles exigiram o fim do vestibular e protestaram contra a reforma Universitária de Lula e do FMI.

O ato simbólico, que contou com a participação de militantes do PSTU, do DCE-USP, do Cursinho da Poli, do SINTUSP e diversas entidades e cursinhos, foi também uma ironia que se remete ao tema da redação do vestibular 2005. O tema da Fuvest foi a “descatracalização da vida” e mencionava o fato de um grupo artístico ter colocado uma catraca no Largo do Arouche em São Paulo para protestar contra o controle do capital e do governo sobre as pessoas. O tema foi inspirado no personagem Homem-Catraca, do cartunista Laerte.

Repressão

A Polícia Militar foi chamada para retirar os manifestantes e reprimiu o protesto duramente. Os policiais usaram gás de pimenta contra o grupo e prenderam um estudante. Após duas horas de negociação, o estudante foi solto e foi agendada para março uma reunião entre os estudantes e a Fuvest. Depois disso, a manifestação seguiu até a reitoria da USP.

O grupo de manifestantes reivindicava o fim do vestibular e, de imediato, que a fundação ampliasse o número de isenções da taxa de inscrição no vestibular.