Lucro obtido pelas fundações é demonstração do que poderá vir com a reforma UniversitáriaNo dia 4 de maio, mais de 600 estudantes participaram de um Conselho Universitário chamado pela reitoria. Na tentativa de regulamentar as fundações, o reitor, José Adolphi Melfi, pretendia dar um ar democrático à discussão, chamando uma sessão aberta que não deliberaria nada. Incomodado com as manifestações dos estudantes o reitor encerrou a sessão, acabando com o circo que ele próprio armou. Indignados com a atitude autoritária os estudantes iniciaram uma passeata pela USP e ocuparam a fundação Vanzolini.

Na USP mais de 30 fundações privadas oferecem serviços e cursos pagos utilizando a infra-estrutura da universidade e seu nome. Essas fundações movimentaram, em 2001, mais de R$ 457 milhões, mas o total repassado à USP foi de apenas 19 milhões, o que não representa nem 1,5% de todo o orçamento da USP.

Isso comprova que a proposta do governo Lula de reforma Universitária, cujo um dos pontos é captar recursos da iniciativa privada, ou seja, regulamentar as fundações em todas as universidades públicas, não vai resolver a falta de verbas, ao contrário vai privatizar a educação superior de forma definitiva, o que já vem sendo feito em São Paulo pelo governo Alckmin (PSDB).

Contra esses ataques, é necessário construir o Encontro Nacional contra a Reforma Universitária, marcado para os dias 29 e 30 de maio, no Rio de Janeiro.

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Post author Movimento Ruptura Socialista, da USP
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