Em assembléia, estudantes da Universidade Estadual de Maringá (PR) resolvem destituir a gestão do DCE, ligada ao governo Lula e à UNE, e ocupar a entidadeNo dia 31 de julho, a insatisfação dos estudantes com a situação da direção do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UEM teve um fim. A entidade estava sendo dirigida pela Gestão Expressão (ligada à corrente Democracia Socialista, do PT). Os governistas além de não organizarem as lutas dos estudantes, não prestaram conta de cerca de R$ 40 mil e havia suspeita de desvio de dinheiro. Eles estavam com o mandato vencido desde maio de 2007.

A falta de democracia também foi a marca deste grupo, que não realizou nenhuma assembléia. Quando chamou um Conselho de Centros Acadêmicos (CEEB, em dezembro de 2006) o abandonou, por não conseguir aprovar suas posições. E (pasmem!) num um ato realizado no semestre passado, um coordenador chamou a polícia contra mais de 150 estudantes que foram exigir explicações da direção da entidade.

Para organizar as lutas e discutir a situação do DCE, 26 centros acadêmicos autoconvocaram um CEEB (Conselho de Entidades Estudantis de Base), que foi realizado no último dia 28. Mesmo assim, a ex-direção do DCE foi informada e convocada. E mais uma vez não compareceu!

Neste Conselho, os Centros Acadêmicos aprovaram: 1) que a Gestão Expressão não fala mais em nosso nome; 2) uma pauta de reivindicações; 3) assembléia para 31 de julho, após o ato público que seria realizado em frente à reitoria.

Na Assembléia de 31 de julho, logo após a realização de um Ato em Defesa da Educação, mais de 400 estudantes entenderam que a direção do DCE, além de não ter legitimidade, também não tem legalidade, por estar com o mandato vencido. Por isso, foi aprovada a destituição dos governistas, formando uma comissão provisória que terá duas tarefas centrais: disponibilizar a estrutura e finanças do DCE para a organização das lutas e organizar a eleição para a entidade.

Também foi aprovada uma assembléia geral dos estudantes para o dia 2 de agosto, quando se discutirá uma posição frente à possibilidade de greve dos professores das Universidades Estaduais do Paraná. Depois da assembléia, os estudantes dirigiram-se até o DCE e deram posse à comissão provisória eleita democraticamente, que conta com a participação de cerca de 50 estudantes que a todo vapor estão organizando as lutas dos a partir do DCE.